segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Finalmente Yoani chega ao Brasil: denúncias contra a ditadura em Cuba

Yoani Sánchez, perseguida, presa
e torturada em Cuba
Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Yoani Sánchez é cubana. Cuba é uma ditadura. Não existem eleições no país, nem imprensa livre. Liberdades individuais, nem pensar. O governo prende todos os dissidentes. Existem presos políticos ainda em Cuba.

Muitos foram fuzilados no "paredon", inclusive num passado recente. Os ditadores - Fidel e Raul - não permitem viagens ao exterior de nenhum cubano sem que tenha autorização para tal.

Yoani Sánchez, 37 anos, é uma dissidente do regime comunista cubano e usa a internet, com ajuda de amigos no exterior, para tentar denunciar os crimes contra os direitos humanos na ilha. Ela, por isso, já foi presa e torturada diversas vezes. O governo negou-lhe visto de saída mais de vinte vezes.

Finalmente, com a nova lei de imigração cubana, ela chegou ao Brasil para participar do lançamento de um documentário de produção brasileira, Conexão Cuba-Honduras, em que ela é entrevistada. O filme trata da falta de liberdade de expressão nos dois países.

Ao desembarcar no aeroporto de Guararapes Yoani foi recebida por amigos e por um grupelho de petistas que protestavam contra sua presença no Brasil chamando-a de traidora. "Isso é a democracia. Queria que em meu país pudéssemos expressar opiniões e propostas diferentes com esta liberdade", disse ela diante dos protestos. Durante o período que permanecerá em solo brasileiro, agentes secretos cubanos, autorizados pelo governo federal e com o apoio do PT, vigiarão a cubana e distribuirão ridículos "dossiês" contra ela, tentando desqualifica-la.

Num dos itens desses documentos diz que "ela vai a praia tomar cerveja ou aceita premiações internacionais concedidos por defensores dos direitos humanos."

Durante os jogos pan-americanos no Brasil, dois atletas cubanos pediram asilo no Brasil. Lula prendeu e enviou para Fidel Castro. Pouco depois Lula protegeu Cesare Battisti, acusado e condenado por assassinatos na Itália e hoje residente no Brasil.